Subutilização de produtos e serviços é tão constante quanto a utilização de nosso cérebro.
Caros leitores do blog Análise Crítica.
Há muito tenho percebido que os produtos e serviços continuam sendo subutilizados. Esta percepção começou quando começamos a montar o primeiro curso de “Análise do Valor”. A partir daí minha chatice aumentou (nunca imaginei que isto fosse possível).
Vejamos um caso simples. Olhe para o controle remoto da televisão e do canal por assinatura (sempre há mais que um controle remoto). Há uma quantidade grande de botões. Repare em qual deles você nunca tocou e nem sabe qual a sua função.
Isto é um exemplo simples que acontece com quase todos os produtos e serviços e seus usuários, tais como: calculadoras, micro-ondas, geladeiras, lava-louças, lava-roupas, impressoras, concierges de bancos, aplicativos, softwares, etc.
Numa destas pausas de cafés, eu estava ao lado de uma impressora super upper dupper extra ultra e uma pessoa fazendo o escaneamento de várias páginas de um documento. A operação estava sendo feita folha a folha. Fiquei imaginando que aquela impressora deveria ter uma função de alimentação automática das folhas. Perguntei para a pessoa se não havia esta função e ela prontamente disse que havia, porém não funcionava direito e que ninguém se deu ao trabalho de notificar o fabricante.
O fato de ninguém comunicar o erro ao fabricante de produtos e serviços faz com que as pessoas que os projetam ou criam, achem que fizeram e fazem “o melhor”, perpetuando assim o erro.
Isto me faz lembrar que:
A primeira função do engenheiro de projeto é fazer as coisas difíceis para fabricação/ utilização e impossíveis para a manutenção.
Em qualquer projeto, o componente de vida mais curta será instalado num lugar de acesso mais complicado.
Qualquer projeto deve conter pelo menos uma peça obsoleta, duas impossíveis de encontrar e três ainda sendo testadas.
O engenheiro de projetos mudará o desenho original na última hora para incluir novos defeitos.
O engenheiro de projetos mudará o desenho original na última hora para incluir uma nova manutenção a ser realizada (famoso fator K).
O problema no produto sempre irá ocorrer quando o cliente estiver utilizando o mesmo e nunca quando estiver em teste.
Um conselho para as empresas e seus projetistas: fiquem perto de seus clientes e usuários muito tempo depois da inauguração de um serviço ou do lançamento do produto.
Gostou deste post e da proposta do blog? Que tal o Análise Crítica? Seja o(a) primeiro(a) a deixar um comentário aqui. Para saber mais sobre o Análise Crítica, clique aqui. E não deixe de nos acompanhar nas redes sociais – LinkedIn.
