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  • Foto do escritorRoberto S Inagaki

Comportamento: Avaliação de Clima Organizacional, não perguntem sobre salário!

Existem diversas empresas que fazem pesquisa de clima organizacional e uma das perguntas colocadas no questionário é sobre remuneração. Sempre com avaliações muito ruins... por que será?



Caros leitores do blog Análise Crítica.


Acredito que muitos de vocês já participaram com avaliadores, avaliados ou organizadores da pesquisa de clima organizacional. O objetivo desta pesquisa varia de empresa para empresa. As razões são as mais diversas: cumprir algum requisito exigido pela matriz, cliente ou normativo; saber se os planos de benefícios estão adequados e cumprindo seus objetivos; analisar a qualidade das lideranças; medir o engajamento; ou simplesmente conhecer como os colaboradores “sentem” a organização.


É certo que o resultado das pesquisas não reflete um espectro de tempo muito grande, embora algumas pesquisas sejam realizadas com alguma frequência a maioria das pessoas irão responder baseado nas condições ocorridas num curto espaço de tempo.


Nos vários métodos e questionários de pesquisa de clima organizacional que eu tenho auditado, sempre há um grupo de questões que tentam captar a percepção dos colaboradores quanto à questão de salários e benefícios.


Adivinhem qual dos grupos avaliados geralmente (fui generoso agora) é o pior de todos?


Quem respondeu ou pensou: grupo que contém “salários e benefícios”, acertou.


Vocês acreditam realmente que a maioria das empresas paga abaixo do mercado ou tem benefícios tão ruins assim? Ou a vida financeira fora da empresa pesa muito sobre a resposta dada para estas questões?


Eu tinha cerca de 20 colaboradores diretos sob minha liderança, vários deles vinham pedir aumento ocasionalmente. Eu fazia a eles três perguntas que serviam para eu ganhar tempo... brincadeira.


Eu fazia a primeira pergunta e eles não sabiam responder, depois de algum tempo eles respondiam e eu fazia a segunda e assim até que eles respondiam as três perguntas. Dependendo da resposta às perguntas eles mesmos concluíam se haveria aumento ou não.


As perguntas eram:

1- Quanto é ganhar bem para você? Em geral a resposta das pessoas não eram um número e sim o que eles fariam com o dinheiro.

2- Quanto você merece e por quê? As respostas eram sempre comparações com outras pessoas que executam funções diferentes.

3- Quanto você ganha? Embora pareça uma pergunta fácil de ser respondida, em geral as pessoas diziam o salário bruto e nunca o líquido. Esta é uma das razões das pessoas se endividarem. Ou seja, as pessoas gastam o bruto e não o líquido. O nível de vida é sempre um degrau acima de seus ganhos.


A análise deste grupo de perguntas (salários e benefícios) sempre é realizada de modo superficial. Uma investigação mais adequada seria debruçar sobre a resposta das três perguntas e respostas acima.


O que eu fiz para algumas pessoas que trabalhavam comigo foi um treinamento sobre finanças pessoais. Já perceberam quantas pessoas nunca fizeram nenhum curso sobre finanças pessoais. Adianto que o resultado não é tão animador. O resultado se parece muito com a quantidade de pessoas que fazem um curso de dieta e “mantem” o resultado no longo prazo.


Pelo menos a organização estará mais perto de descobrir a causa dos resultados ruins da pesquisa para este grupo de perguntas (salários e benefícios) e ficará menos incomodada por saber que o resultado não é apenas o salário, mas a forma com que os colaboradores tratam suas finanças pessoais.


Portanto ajude seus funcionários a tratar melhor o dinheiro, pois como a sabedoria popular diz: “o dinheiro não aceita desaforo, portanto trate-o com respeito”.


Quanto ao teste de conhecimento colocado no LinkedIn, a resposta correta é:

Qual é a porcentagem de países no mundo que tem leis contra assédio sexual no trabalho?

Ao redor de 30%

Ao redor de 50%

Ao redor de 70% - resposta correta

Espero que tenham acertado.


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